sábado, 24 de dezembro de 2011

Não vendamos o Natal!




















É o momento da solidariedade, da fraternidade, de brincar de igualdade; este momento tão esperado, tão aguardado, o qual sempre parece ser comemorado pela primeira vez, sem nunca se estancar, chegou: eis que é época de Natal! O Menino Jesus, nasce no meio dos pobres, excluídos, marginalizados, oprimidos; ressurge, com ímpeto e veemência, nesta data tão especial, a data de Natal.

A ingenuidade da criança, moldado por lendas e mitos, vem se embotando em nossa sociedade, a qual se acostuma ao sacrifício do trabalho, omissão à ociosidade, deturpação dos seus valores sentimentais, em fortalecimento dos materiais; contrastam-se as dádivas do bom velhinho às crianças ricas, quando se comparam às crianças pobres – frei Betto dizia que desacreditou no Papai Noel quando recebeu muitos brinquedos no Natal, o que levou a se perguntar o porquê do filho de seu jardineiro não ter ganhado as mesmas dádivas do bom velhinho. O Papai Noel não era o mesmo para as crianças pobres?

A troca de presentes, a comunhão desejada, o sentimento para com o outro, a alteridade, o compromisso com o próximo, o amor ao Céu e a Terra, ao homem e a mulher, ao filho e aos netos; está firmado que o Natal é uma data substancial para a reflexão do comprometimento com o próximo; não podemos, assim sendo, leiloar a data – 82% dos empresários estão otimistas com o Natal, acreditando que será muito lucrativo.

Obviamente, é uma data muito esperada para os varejistas e empresários – efusivos, esperam um aumento de 30% no volume de vendas, faturando cerca de R$ 2,6 bilhões – os quais necessitam destas datas para fortalecer seu capital. O consumo é um atrativo para esta época do ano, todavia não devemos nos embriagar com esta lei que impera em nosso meio, um consumismo abusivo que menospreza os mais de 30 milhões de famintos deste país. Uma vez que negamos esta dura realidade, esperando apenas as “carinhosas lembranças de Natal”, estaremos esquecendo o verdadeiro sentido do Natal: o nascimento de Jesus de Nazaré, que não veio no mundo dos ricos e reis, mas sim da plebe marginalizada.

Vamos aproveitar esta data graciosa para aprendermos com ela a ser melhor em outras datas; deixe-a te tocar; lembre-se dos mandamentos de amor ao próximo, de negação ao farisaísmo, e, no fundo, de uma intensa troca, não só de presentes, estes tem um papel secundário.

Brotaremos em nosso seio o verdadeiro significado do Natal: o nascimento do amor, o surgimento da maior figura da história, D´aquele que desceu dos céus para trabalhar com seus filhos oprimidos, Ele que ousou se rebelar contra os poderosos do seu tempo e que se rebela junto aos excluídos perante os poderosos de hoje; Ele que se enfureceu diante daqueles que transformaram a casa do seu Pai em mercado; Aquele que se sensibilizou com uma “mulher da vida”, chamando-a de companheira; Ele que vivendo como humano questionou seu Pai quando se via abandonado na Cruz; o Deus Amor, Jesus de Nazaré, o Cristo.

Feliz Natal para os que se lembram destes significados da data, inclusive para os que no dia 26 se esquecerão de tais importâncias, voltarão a explorar seu trabalhador, o tratando como mero animal de carga; voltarão a distanciar-se do mundo dos pobres; esqueceram as práticas solidárias; matarão com suplícios a fraternidade e o amor; se entorpecerão de desditas e desavenças; se moldarão de preconceitos, os quais o distanciarão dos excluídos do nosso sistema capitalista. Cristo diria para eles, segundo Leonardo Boff: “Não serei eu que julgarei estas pessoas, mas as vítimas que eles fizeram, atrás das quais eu mesmo me escondia e sofria”. Mas não vamos nos revestir de condenações – só por hoje, ao menos -, já dizia o mestre dominicano, frei Betto: “Não há graça falar em desgraça num raro momento de graça”. Um Feliz Natal para todos!

domingo, 27 de novembro de 2011

Por Frei Betto: “A FIFA é um cassino; como num cassino, muitos jogam, poucos ganham; quem jamais perde é o dono do cassino”.



O frade dominicano, Alberto Christo, o frei Betto, se une nas criticas às desonrosas exigências da FIFA, as quais, dentre outras aberrações, implicam diretamente com os anseios do povo brasileiro em ter acesso aos jogos da Copa de 2014; não obstante a isso, tais exigências, segundo o frade, deixaram de lado idosos e estudantes, cortando a meia-entrada destes; outras são as criticas do teólogo da libertação, que acusou a FIFA de: “desembarcar no país, com sua tropa de choque, para cumprir a singela missão de obrigar o governo a esquecer leis e costumes”.


O frade, bastante conhecido pelas ações altruístas, ao lado dos mais pobres, criticou duramente a imposição da FIFA que pleiteia acabar com a concorrência às empresas que sejam patrocinadoras do evento: a entidade deseja criar um espaço de 2 km em torno dos estádios, no qual só possam ser consumidas as mercadorias de empresas patrocinadoras do evento, além disso, tais empresas poderão ficar isentas de impostos!


Outra ferrenha crítica do frade, esta mais pessoal, uma vez que este dedicou e dedica boa parte da sua vida em função dos movimentos sociais, é a exclusão do povo de suas casas durante a competição: 170 mil pessoas serão removidas de suas moradias para que se construam estádios. Quem garante que estas pessoas serão devidamente indenizadas? Indaga o frade.


A entrada nos estádios com alimentos que não sejam das empresas aliadas a FIFA serão proibidas; a proibição de bebidas alcóolicas nos estádios, em vigor no país, deve ser quebrada para que possa ser consumida a bebida patrocinadora do evento, uma cerveja fabricada nos EUA; fim da meia-entrada; boa parte dos ingressos será vendida antecipadamente na Europa; até água será proibida, só uma empresa de fast food poderá vender seus produtos nos estádios; ainda temos de aturar a Lei de Licitações, que deturpa a lei de responsabilidade fiscal a qual limita nosso endividamento; são mais algumas das criticas do religioso.


Frei Betto acaba as criticas com o mesmo pessimismo e frustração de Romário (PSB-RJ): “A Copa não será nossa”. O povão continuará a ver Copa do Mundo, mesmo em nosso solo, pela TV, aos berros do Galvão!


Há quem diga que os teólogos da libertação, como frei Betto, são agitadores sociais; deveriam, então, líderes religiosos inclinar seus discursos apenas para a acomodação do povo, e impor do governo só aquilo que garanta, para todos, mesmo num estado laico, seus dogmas irrefutáveis?


Portanto, um viva ao frade dominicano, que dedicou toda sua vida a causa dos mais pobres e excluídos, lutando indubitavelmente pela justiça e inclusão social; se diferenciando largamente dos arrogantes eclesiásticos que abstém-se dos assuntos ligados aos direitos do povo, em preferência dos pervertidos jogos políticos, que poupam ladrões engravatados em troca da sua moral religiosa – caso Palocci e a deprimente participação (na verdade, não participação) da bancada evangélica provam tal avaliação!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Di prufessô a palhasso



O título foi escrito errado propositalmente. Por que? Para mostrar o que acontece quando tratamos um profissional que é pilar para todas as outras de maneira ridícula.



A educação é fonte de grande parte da melhoria no país. A China investe fortemente na educação e, por conta disso, está crescendo. Existem outras razões claro, mas se pensarmos a fundo, uma pessoa bem educada, consegue entender melhor o mundo a sua volta e evita coisas que podem prejudicar, bem como dá as ferramentas para que as pessoas criem seus futuros.



É claro que a educação não depende só do professor. Mas ele é o elo que transforma, que impulsiona o cerebro de seus ouvintes a pensar, a descobrir pontos de vista e decidir o que quer fazer da sua vida.




Apesar disso, infelizmente, os professores são desrespeitados. E não estou falando de estudantes bagunceiros em sala de aula. Ele é desrespeitado pelo salário que recebe, pelas condições pra suas aulas e até é desrespeitado em seu DIREITO de protestar, enfim, tratado como escória. Os professores que já existem começam a ficar desestimulados e os que saem das faculdades/universidades chocam com a realidade das salas e escolas.




Salas estupidamente lotadas, ferramentas antigas e/ou danificadas , superiores com a mente arcaica e ainda tem de lidar com estudantes que se acham no direito de ameaçar o professor por questão X ou Y. Enquanto muitos empregos vão das 8 as 18, e ao terminarem sua carga de trabalho, podem fazer outras coisas, o professor trabalha das 7 até sabe lá Deus quando, tem que chegar em casa e corrigir provas de varios alunos e de varias salas, preparar as aulas para o dia seguinte, pra ganhar pouco, ser humilhado por alunos, diretores e ouvir um não do governo. Quem não desanimaria nessas condições?




Eu estudei todo a maior parte da minha vida a em colégios particulares. E hoje sou universitário de uma pública. E nos dois, eu vejo humilhação. Professor é professor. Existe um ou outro que nasceu pra descontar as frustrações nos alunos, mesmo esses poucos até ganhando relativamente bem. Mas, tirando esses, o que vemos? Precariedade. E quem perde? Todos. É isso mesmo. Todos. O Patrão vai ter dificuldade em achar um bom funcionário capacitado pra sua empresa, um pai/mãe de familia não vai poder ter um bom currículo pra apresentar (quanto mais estudar pra um concurso bastante concorrido.). E assim, o país para e dá meia volta.




Soluções existem. Aumento de salário, melhoria das condições de trabalho, etc. Até vocês mesmos estão pensando em variás soluções. Mas concordamos que em todas, existe coisas em comum: Pensar na valorização, na dignidade dos professores e na URGENCIA de se resolver esses problemas.





Talvez, se as pessoas parassem para pensar que rever essas coisas não é um ato de " valorização de uma classe de trabalhadores", mas sim a valorização de um país, de um futuro melhor, talvez, tenhamos uma chance.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Novidade!!!

A pedidos, foi criado o Siga por Email. Assim, você receberá informações do blog direto do Email. Legal não? Tudo que você tem a fazer é digitar seu email na caixa ao lado e apertar submit. você vai receber um email pedindo a confirmação. Lembre que a confirmação pode estar em sua caixa de lixo eletronico caso não achar na caixa de entrada.

Também foi colocado Um pequeno top de postagens. Os 5 posts mais vistos do blog. Para você que achou o blog interessante numa simples busca pelo google, pode acessar as postagens mais vistas que, teoricamente, sao nossos melhores trabalhos.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Viva a República, viva?























Uma grande e pertinente indagação abre o novo post: “Viva a República, viva?”.


Evidentemente, existe a satisfação em ser proclamado algo que, de fato, representa um marco importante na história do país: primeiro, porque rompe com a caduca monarquia, e, segundo, porque, finalmente, surge a posição de elevar o país ao estágio de República, onde quem governaria esta seria um presidente eleito pelo povo, ou seja, um representante do povo.


Por alto, parece uma grande mudança na história do Brasil e de seu povo, mas basta analisar com detalhes as aspirações pela República e este novo governo presidencialista, para rapidamente serem notados os interesses e as eventuais fragilidades que o cercava.


A aspiração pela República interessava principalmente os interesses dos magnatas cafeicultores do oeste paulista, os quais acreditavam – com provas – na injustiça do poder centralizado, que não beneficiava seus valiosos negócios, além de serem amantes do ideal positivista – a elite brasileira e renomados intelectuais, como Tobias Barreto, adotaram os ideais de Comte, os quais afirmavam que para o “progresso” da nação dever –se-ia manter a “ordem”, sendo, então, instalada a “ditadura dos sábios”, que mais se assemelhava a “ditadura da elite”; nesta perspectiva, a luta de classes fora menosprezada, pois só os homens instruídos deveriam conduzir a sociedade e seus anseios, mas e o povo, onde ficava?


Outra frustração era a tal reforma política outorgada pela nova Constituição, a qual decretava quem governaria o país, que seria um homem eleito pelo povo, não mais pelos dedos onipotentes de Deus, afirmando o sufrágio universal. Mas que povo era este?


Analfabetos, mulheres e menores de 21 anos, não podiam votar – já ia metade do povão; a Constituição decretava, também, que o voto NÃO era secreto, ou seja, o patrão sabia em quem seu peão iria votar, bastava ler seu voto: coitado do peão que não votasse num candidato que representasse os interesses do patrão! Então, a quem mais interessava estas eleições? O presidente eleito daria ouvidos ao povo?


E hoje, quem é ouvido primeiro pelos nossos governantes, os mega interesses dos novos magnatas, não mais cafeicultores, mas agiotas, especuladores imobiliários e banqueiros, ou os anseios dos professores, estudantes e operários, por exemplo? Deixaremos a perene marca positivista, inserida em nossa bandeira – “ordem e progresso” – representar a mordaça do povo subserviente ao mesmo tempo em que garante o progresso de uma elite onipotente; ou agiremos para pôr em prática o que está previsto na Constituição de 88, o direito do cidadão? Hoje, a FIFA tenta acabar, com direitos conquistados por estudantes e aposentados, como a meia entrada durante a Copa de 2014, basta saber quem Aldo Rebelo ouvirá primeiro, serão as exigências fúteis da FIFA ou os direitos do povo?


Que a República ouça os anseios do povo, pois a luta por justiça e direitos não fora construída pela boa vontade de poucos, mas pelo sangue de muitos. Como já dissera um famoso capoeirista carioca, durante a Revolta da Vacina: “essas coisas são boas para o governo saber que negada não é carneiro não!”.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Nenhuma surpresa!


























Depois de um mês sem escrever, surge o post ‘nenhuma surpresa’, o qual, como o nome já sugere, irá mostrar que acabamos mais um ano sem nenhuma grande novidade no cenário político atual, mesmo que exista algo positivo nisto, como veremos.


Em primeiro lugar, mais um ano que se vai: novos celulares e iPod nos bolsos, mas os mesmos míseros 4,7% do PIB na educação, e na saúde pública pífios 3,6 % - o Brasil em 2003 era o país que menos investia em saúde na América Latina; em 2007 os investimentos continuavam baixos; em 2011 continua lanterna em investimentos na área, investindo metade do que países como Canadá e Alemanha! Os pobres continuam a pagar mais impostos que os ricos, pasmem: 10 % dos ricos possuem 75 % da riqueza do país, como se não bastasse 32 % da renda dos pobres é convertida em pagamentos de impostos, enquanto 21 % da renda dos ricos são assim convertidas - a deputada Luciana Genro (PSOL-RS) lutou amargamente para reverter este quadro, porém poucos deram ouvidos a seus desejos, logo: poucos deram ouvidos aos desejos dos mais pobres.


Por esses dias, mais uma aberração: Câmara aprova projeto que deve retirar 20 % do orçamento para pagar divida pública! O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) foi a voz da vanguarda que aspirava contra esta temível aprovação - não é atoa que o deputado, por mais um ano, é eleito um dos mais atuantes na Câmara, ficando em 4º lugar, sendo que na frente dele estavam mais dois do mesmo partido, o que também não é nenhuma novidade, todavia és uma boa notícia, mesmo que seja o que todos já esperavam – Chico Alencar (PSOL-RJ) ficou em 1º, Jean Wyllys (PSOL-RJ) ficara em 2º, lembrando que o partido possui apenas três concorrentes a deputado federal, e os três foram escolhidos! Se houvessem mais deputados deste partido, poderíamos acreditar em reais mudanças na política brasileira?


Lei de sigilo fiscal para as obras da Copa é mais uma banalização do dinheiro público, dinheiro este, emitido a partir do suor do trabalhador comum; pais de família choram a perda dos filhos que encontram mais estímulos nas drogas, as quais os distanciam deste mundo, do que, propriamente, na enfadonha educação brasileira; na Grécia suicídio aumentou 40 %, desemprego em massa e humilhação estão por vir, ao país que se envaidece por ser o precursor da democracia, e hoje, a mesma democracia falsa que criara, cospe nos seus filhos; os discursos, como ‘o pão nosso de cada dia nos dai hoje’, não crescem na mesma proporção que as Igrejas, mas a intolerância destas está borbulhando; continua as fraudulências no Haiti, e desta vez, para piorar, um jovem foi estuprado por milicos uruguaios!


Mas há também boas notícias que não são novidades: Cuba continua a enviar médicos ao Haiti; os deputados do PSOL são, por mais um ano seguido, os mais participativos na Câmara e Romário continua a aniquilar Ricardo Teixeira e as falcatruas da FIFA e CBF. Nem tudo está perdido!


Nas próximas eleições, que estão por vir, iremos escolher bem nossos representantes, ou continuaremos sendo o país dos débeis consumistas?


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Um ano de Blog!


























Um ano de blog e meu singelo agradecimento a todos aqueles que, graças as minhas infames propagandas esquerdistas, largaram mão das vidas pacatas de monotonia, de descrença no mundo e na aversão pelo culto à liberdade. Pois é, passamos por diversas crises – crises sistêmicas do capitalismo -, mas também, por diversos momentos de sublevação do espírito coletivo do ser humano – marchas insurgentes, greves resistentes, lembram disso?


Ao ser perguntado qual objetivo do blog, com um título tão utópico, criado por Victor, só me vem a mente o verbo, tão endeusado por mim: acreditar! O interessante é que sou cristão curioso e reconheço a contribuição do marxismo para emancipação do homem, ou melhor, dos homens – prefiro colocar no plural para não se assemelhar aos dicursos de certas Igrejas Mercantilistas, que querem libertar a pessoa utilizando discursos individualistas, então se libertará certos indivíduos, mas não o geral, uma vez que os verdadeiros meios para ajudar na libertação dos demais consiste na utilização de outros meios, não mais os mercadológicos que, por sinal, são os que o povo quer ouvir, daí meu reconhecimento do marxismo, como um destes meios -, então escrevo impulsionado pela literatura marxista e, por que não, cristã para fomentação de um discurso que anime a sociedade, não a acomode, como instituições de, por incrível que pareça, até cunho filantrópico fazem – a Unesco defende o sistema neoliberal, se este sistema fosse abolido, talvez a Unesco não precisaria existir; o Criança Esperança, afinal, depois deste programa de ajuda as crianças, começa o Jornal Nacional, com seus discursos elitistas, os quais, descriminam os pobres, logo também, as crianças pobres, que depois recebem ajuda do povo que faz as doações. Não, substancialmente, a Globo faz as doações, mas o povo! A emissora só sede o espaço, afinal é uma concessão pública, mas não é o povo que fica isento dos impostos e – pois é, acreditem -, a própria Rede Globo!


Não quero, nem vou, me prolongar muito, resolvi fazer o texto, apenas para termos um post no mês do aniversário de um ano do blog. São poucos textos, é bem verdade, mas lidos por mais de 1600 pessoas, incluindo estrangeiros: australianos, estadunidenses – inclusive são maioria -, alemães, neozelandeses, angolanos, portugueses, canadenses, moçambicanos e, para minha felicidade, russos! Os dias vão se passando e o tempo para escrever também, não sei se vocês perceberam, mas a maioria dos post´s são nos períodos de repouso, entre maio e agosto, daí os poucos textos! Mas não importa, estamos em outubro e, juntos, comentamos as grandes aspirações do homem, mais um erro conceitual, queria dizer, dos homens, até então neste ano: crises na Europa; o levante dos jovens no mundo árabe; as pressões aos banqueiros e as multinacionais exploradoras, como a Peugeut; a ida de Amanda Gurgel ao Faustão, denunciar os abusos feitos aos professores; as marchas pela igualdade, ou melhor, equidade; a sublevação dos estudantes chilenos; a morte de Osama; o Egito Libre, como já falava no texto, preocupados com o 2º passo; a libertação a partir da educação; a valorização do wikileaks; entre outras manifestações do povo que ousa não se render as perversidades do opressor, manifestado, como já falava antes, até nas instituições que deveriam acolher o ser humano!


Na maioria dos comentários do blog é revelado a desesperança dos jovens na busca pela liberdade, sempre rotulada de utópica. Mas qual problema em ser utópica? Por que ser tão cartesiano e negar a utopia? É óbvio que a liberdade é utópica, nós teremos que procurá-la, buscá-la, este é o meio para achá-la! Isso me lembra uma frase do Fernando Birri, quando fora perguntado sobre o que pensava da utopia, então respondeu. “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.


Então o título do blog faz todo sentido, somos livremente presos, é factual, porém nos acomodaremos com isso? Não buscaremos soluções para nos emancipar-mos? A busca é necessária!


Este ano 12 operários já morreram por falta de segurança no trabalho, deixaremos eles, ainda, morrerem por insegurança no trabalho, ou a morte destes só atrapalham o sábado da classe média, como sugeria Chico Buarque? A liberdade das greves destes operários podem ser contestadas e oprimidas? Este é só um exemplo do que o ceticismo doentil pode causar: a acomodação!


Encerrarei o post, com a instigante frase do último cristão – depois do único – São Francisco de Assis, a este verdadeiro cristão, que fora comemorado seu dia na segunda, estamos no sábado, daí a tardia homenagem póstuma. “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e, de repente, você estará fazendo o impossível”.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Blogueira Convidada - Wikileaks



Em um evento em SP, Deborah Santiago conheceu o primeiro vlogueiro Brasileiro a defender o cara que forneceu as míticas "fofocas políticas" É dela esse post.


Supostamente, isso seria um artigo sério sobre os Wikileaks. Tá, vai ser ou não, vamos ver o que sai.
Se você pesquisar na Wikipédia é porque você não tem cultura nenhuma vai ver que Wikileak é um grupo de fofoca intelectual sediado na Suécia. Quer dizer, assim, não nesses termos, mas é uma organização que solta tudo quanto é bomba sobre qualquer coisa relacionada a pessoas conhecidas principalmente nesse meio político aí. Se a barata da vizinha tá na cama do Obama, Wikileaks conta. Se descobrirem um presídio meio ilegal (assim, só meio) dos EUA em outro país, também contam. Funciona assim: “Vocês políticos não queriam estar no poder? Agora tratem de andar na linha se não a gente conta.”
Mas como todos sabem que o que manda nesse nosso mundinho capitalista lindo e maravilhoso é o poder e o dinheiro, esse povo lá das altas cúpulas não gostou nadinha disso e caiu em cima né. Agora, o presidente do Wikileaks foi preso. Por quê? TODO MUNDO FALOU QUE ELE TINHA ESTUPRADO E VIOLENTADO DUAS MULHERES SUECAS. A verdade? Ele fez sexo sem camisinha com elas (e elas concordaram), e na Suécia isso é condenável porque pode passar DST ou engravidar ou todas essas coisinhas que pré adolescentes adoram aprender em ciências na 7ª série. Já que eles consideram condenável, para nós brasileiros o condenável seria igual a um estupro, por isso esse alarde todo. E se chega a mídia falando que o cara estuprou, lógico que todo mundo acredita, e de antemão, todo mundo já condena tudo o que ele faz. Não digo que ele não deveria ter feito “coisinhas” sem camisinha, mas comparar isso com o estupro, sendo que as mulheres concordaram, aí já é demais né? Tudo bem, ele errou, foi preso, pagou, foi solto.
VOLTANDO AO ASSUNTO PRINCIPAL, pelo fato de ele ter sido preso, o Wikileaks perdeu credibilidade. Mas, pense por esse lado: Se há alguém querendo estar de olho nos podres políticos dos outros, é ruim? É ruim querermos saber em quê nossos representantes estão metidos? É feio saber se nossos governantes tem mesmo boa conduta ou não? Afinal, é ele que nos representa lá nas altas cúpulas né.
Estão querendo calar a voz da democracia. (momento revolução \o/) NÃO PODEMOS DEIXAR ISSO ACONTECER. APARECERÃO AINDA MILHARES DE WIKILEAKS. ISSO É SÓ O COMEÇO. MEU NOME É DEBORAH, E EU NÃO SOU DO PARTIDO DO FINADO ENÉAS.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Síndrome de Poliana















É possível encontrar benécias no meio de inúmeras adversidades no globo?

Crises econômicas, assassinatos de sindicalistas, desemprego em massa nos países desenvolvidos, – nem preciso falar dos subdesenvolvidos – repressão de marchas, corporativismo, superexploração do trabalhador nas multinacionais, discursos pró-ditadura, homofobia, machismo e racismo inseridos no Congresso, omissão de famosas usurpações políticas em períodos passados, governador outorgando a cacetada nos bombeiros 'desordeiros' e 'irresponsáveis', ridicularização e difamação do professorado, dívidas exorbitantes de países considerados 1º Mundo, mais de uma década de “guerra contra o terror” - guerra esta que conseguiu, com muita eficácia, atormentar todo um povo, além de causar a dizimação de milhares de homens, mulheres e até crianças, que hoje se deleitam nos rios de leite e mel no paraíso islâmico. Sendo assim, como é possível encontrar vantagens no meio de tais anomalias?


Considerando os últimos avanços em todo o mundo, como a ratificação da conscientização política dos jovens, as greves resistentes, as marchas insurgentes, a supervalorização da liberdade, fazem parecer que o espectro do espírito coletivo, contra qualquer tipo de intolerância, não cessaram, e sim estão em puro ecstasy! Vejamos outros exemplos: Levantes iniciados por jovens, instigam o povo à unir-se, libertando este de ditaduras cristalizadas; estudantes, professores e até pais de estudantesss, unidos no Chile lutando por melhorias na educação, contra os cacetetes, gases de pimenta, bombas de efeito moral, entre outros recursos encontrados pelo governo do semi-fascista Sebástian Piñera – o mesmo que posou de pai dos mineiros no famigerado resgate destes, lembram dele? Grécia, Portugal e Espanha – as ralés da Europa Ocidental - encabeçam a lista de países europeus, que possuem uma classe trabalhadora e futuros trabalhadores que se levantam contra as políticas de austeridade, pressionadas pelo FMI, que visam o Estado Mínimo e a fatal proliferação de desempregados e esfomeados nos seus países, em benefício dos magnatas banqueiros. No Brasil, bombeiros, professores, policiais, médicos, operários das obras da Copa, marcham exigindo aumentos salariais e melhorias no seu âmbito de trabalho; destaca-se a figura de Amanda Gurgel, mulher ousada, que com sua coragem - aquela que todos nós esperamos da verdadeira mulher, diferente da estereotipada nas propagandas de cerveja - denunciou o descaso do governo para com a educação, sendo até chamada para se apresentar no Faustão. O que já é um acontecimento, a Rede Globo dar espaço para uma militante do PSTU, declarada socialista, defensora das greves e audaciosa, fazendo um único pedido a plateia, uma singela salva de palmas para a resistência dos professores em greve – alguns chegando aos 70 dias de resistência!

As marchas também crescem em terras brasilis: 5,5 milhões de ativistas em São Paulo e Fortaleza, vão a Parada Gay criticar, dentre outras coisas, o recuo de Dilma diante do kit anti-homofobia; militantes vão as ruas, enfrentando uma polícia armada até os dentes, exigindo ao menos o direito democrático de marchar pela legalização da maconha - como esta foi violentamente reprimida, surge a ideia da “Marcha da Liberdade”, que acabou sendo um sucesso levando milhares de ativistas às ruas em defesa de suas aspirações. O mundo estará mesmo borbulhando ou se trata apenas do “jogo do contente”?


Levando em consideração os exemplos aqui citados, deixo claro a importância de mostrar a você, amigo leitor, que todos os dias milhões de pessoas marcham pelo fim de políticas autoritárias, discriminatórias e opressoras, que causam o detrimento da classe trabalhadora. Mas para você o mundo é mal por natureza e não tem mais jeito? Lembro das famosa incitações de Marx. “Proletários de todo o mundo, UNI-VOS” e do Saramago. “Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo”. Sendo assim, vamos à luta... unidos!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Livremente Presos



Quando tivemos a idéia desse blog, decidimos que teria um carater cultural, argumentador, filosófico para que,voces leitores, pudessem discutir o assunto, ( positivamente ou negativamente), entender melhor algum caso, e até ter um local onde você pudesse expor seus pensamentos acerca dos temas. Fiquei encarregado de criar o blog e juntos, faríamos os textos, analisaríamos os comentários e etc.. Como todo blog, site, mural, ou qualquer meio de informação visual-auditiva, precisávamos de um nome. Ficamos uns 3 dias eu, Ozzy e Douglas pensando em um nome que nos representasse. Nada saía e, quando saía, eram idéias muito exageradas. Então certa noite, voltando da UFS, tive uma epifania. Eis um texto que relata em síntese, esta epifania.


Século XIX

1808. A familia real deixa Portugal e desagua em terras brasileiras. 1822. Nosso " amado, idolatrado, patriota, honesto, justo, decente" D.Pedro de Alcântara, proclama a independencia. Festas e mais festas. Comemorações atrás de comemorações. Depois de quase 310 anos, enfim, o Brasil voltava a ser livre. Mas ainda preso as decisões financeiras e políticas de Portugal.

1888. O Brasil, enfim, se livra da sombra de Portugal. É proclamada a república. Mas ainda eramos presos a rigidez do Marechal de ferro, Floriano Peixoto. Éramos livres de Portugal. Mas continuávamos presos a ordens.

Existem mais exemplos que poderiam ser dados ( Preciso lembrá-los da Ditadura e os atos institucionais?? E também a propaganda do "Brasil: Ame-o ou deixe-o!"??). Mas me atenho a esses por agora. Nossa história está repleta de falsas libertações. Se somos livres, por que somos obrigados a fazer coisas?

Nossa Constituição ( novinha até, 1988) diz que somos livres, desde que arquemos com as consequencias de nossas ações. Mas, peraí... se somos livres, por que somos obrigados a, nós homens, se alistar? E votar? Ah! é importante pro país. Não votar é mostrar antipatriotismo. Agora amiguinhos, vamos subir um pouco em nosso continente, e chegarmos até os E.U.A. Eles são super patriotas não são? E olha só: Eles não são forçados a votar, e ainda sim vão em montes às urnas. Eles não são forçados a se alistar, ma tem uma enorme tropa.


Vamos agora aos dias de hoje. Vou provar agora que até quem nem pensou em política , história, está preso.

Você quer escutar uma música. Você gosta da música. Considere que o volume não é perturbador. Seus amigos não gostam da música. Até ridicularizam você. E o que você faz? Se tranca, se esconde pra poder ouvir. Você é meio que forçado a gostar do que a sociedade anda gostando.

No trabalho, existem empresas que IMPEDEM o contato com seu colega de trabalho. E cadê o papo de poder se expressar livremente??

Você deu " azar" na vida. Não completou os estudos. Mas tem que sustentar a familia. planta, colhe e vai vender na feira. Você tem que " pagar" sua barraca. A burocracia exige isso. Isso é ser livre? E se você mal tem o que comer?

No entanto, comerciais e mais comercias apontam a liberdade que temos aqui. Tá, aqui não é nenhuma Coréia do Norte. Mas , se você pensar bem, existe liberdade onde se tem que esperar a boa vontade de outra pessoa pra permitir ou não algo que você queira saber? Parecemos bebes em cercadinhos, podemos fazer "tudo que quisermos", desde que, não ultrapasse o cercadinho. Assaltantes, marginais na rua e a gente trancafiados em casa com grades, alarmes, cercas elétricas. E somos livres. Livremente Presos.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Comemorariam também a morte de um terrorista ocidental?




















Na madrugada do dia 02 de maio, é assassinado o homem mais procurado do mundo, Osama Bin Laden. É bem verdade, que foi um terrorista, fundamentalista religioso, criando a guerra contra o imperialismo americano, que ocasionou na morte de milhares de inocentes. Foi também um conservador terrível, defendendo a proibição das mulheres à frequentarem teatro e jogar xadrez. Além de ser o cérebro - ainda que sem provas - do atentado as Torres Gêmeas. Milionário, patrocinava aulas de guerrilha para formar "futuros terroristas" em nome do seu Deus. Chamava de "Guerra Santa", o seu plano de matança contra os ianques. Logo, compreende-se a "alegria" dos americanos, na sua maioria jovens, da geração "Guerra contra o terror", na confirmação da morte do terrorista, aos gritos de "U.S.A", em frente a Casa Branca. Porém minha visão vai além.
Será que comemorariam também a morte de Bush, ou de algum magnata explorador do seu país? Magnatas estes, que patrocinam guerras, pressionam países pequenos e fracos, porém ricos em recursos naturais, a se encaixar nas regras do jogo? Comemorariam a morte de um militar de seu país que estuprou crianças vietnamitas? Ou até mais recente, estupradores de jovens iraquianas e afegãs? Comemorariam a morte de um interesseiro do ramo petrolífero que pressiona o governo a intervir militarmente nestes países?
Cada minuto passado, crianças do Oriente Médio são baleadas pelo "impetuoso" exército americano, por simplesmente estarem no lugar errado e na hora errada! Vários civis são confundidos e mortos de forma banal. O que impulsiona mulheres árabes grávidas, com filhos nos braços, a sacudir pedras contra tanques americanos? A resposta é simples... ódio, sentimento de quem é explorado, invadido por uma outra nação. Relutam por vingança porque perdera um ente querido, graças a uma bomba implantada num local errado, onde circulavam civis. Aleijados e paraplégicos brotam mais do que flores, naquele local desértico ... mas se importar com árabes malucos pra quê? Essa é a fatídica visão ocidental. Esquecem que Osama já foi aliado dos americanos, nos anos 80, contra a URSS comunista, na Guerra Fria.
A mídia, mais uma vez cumpre seu papel em defesa dos "valores ocidentais", destacando a vitória contra o terror que vem das arábias... do lado de lá! Será que mostrariam o mesmo entusiasmo, com a morte de um do lado de cá? Porque temos fundamentalistas religiosos também, basta lembrar do pastor americano, que ameaçou queimar o livro sagrado dos árabes, o Alcorão! Criou-se um mundo fantástico, com a notícia do óbito de Bin Laden, tudo está em paz. Mas Hillary Clinton já se pronunciou. Deixou claro que a "guerra ao terror" continua, e os tanques americanos não saíram de lá. Fecho com a célebre frase do grande compositor nordestino Belchior: " Nada é divino, nada é maravilhoso".

terça-feira, 5 de abril de 2011

Were are now, Etertain us

Kurt Cobain (20 de fevereiro de 1967 - 05 de abril de 1994)
É fato. A juventude está cada vez mais acustumada a essa vida de descasos para com o país. Por mais que vejamos estudantes em protestos, ainda assim somos uma parcela muito pequena. Enquanto muitos de nós apenas dizemos que não gostamos - E não tomamos atitudes- a gente sofre. O povo hoje está brigando pra retirada de muitos ditadores. Mas a nossa juventude no geral, está parada. Onde estão, aqueles jovens da ditadura, que lutavam pelos seus direitos de libertade? O nome desse blog reflete muito bem o que somos hoje: somos livres, porém uma liberdade "controlada". Programas na tv que não mais nos inspiram a lutar, comodidade nas ruas. A gente tá esperando sermos servidos pelo governo. E, não esperem um banquete, pois, vão nos servir cada vez pior. E vamos continuar deixando. Eu espero que não. Apesar que isso já vem acontecendo desde os anos 90 (se não antes). A prova disso é o que vem a seguir. Muitos concerteza já devem ter ouvido falar sobre a banda Nirvana. E mais ainda , da sua música mais marcante: Smells like teen spirit. Apesar de parecer um som barulhento e sem nexo, vou -lhes dizer o que significa cada estrofe. E veja se, mesmo em 1990, a interpretação não nos lembra hoje.

Smells Like Teen Spirit

Load up on guns and bring your friends

it's fun to lose and to pretend

She's overbored and self assured

oh, no, I know a dirty word

Kurt inicia a música aparentando cansaço, indiferença e uma sensação de vulnerabilidade, algo marcante em sua obra. Neste refrão ele sintetiza nossa juventude capitalista, nossa vontade mandar aquele “boy” ou “paty” ao espaço quando eles falam de suas novas compras ou de suas falas irrelevantes, e somos obrigados a nos calar, pois muitos ao nosso redor abaixam a cabeça e aceitam ser perdedores ao bajular o sonho de consumo que poucos podem possuir e se orgulham falando a respeito do objeto de alguém. Assim, é interessante observar o verso “Ela está chateada” porém auto-segura, ou seja, ela está chateada as vezes pelo fato de outras pessoas não possuírem o que ela tem contudo não abre mão disso, algo comum nas escolas onde aprendemos pela primeira vez a diferença entre as classes, o conflito de interesses.



hello, hello,hello,how low


hello,hello, hello,how low


hello,hello,hello,how low


hello,hello,hello.....



with the lights out its less dangerous


here, we are now, entertain us


I feel stupid, and contagious


here, we are now entertain us


A mulatto, An albino, A mosquito My libido


Yeh!


Yay......Yay!



Reparem neste verso o modo como Kurt expressa as palavras de modo crescente explodindo em “with the lights out its less dangerous”, aqui ele sintetiza toda sua indignação, com a realidade ao seu redor, pois no meio social é mais fácil imitar a atitude que a sociedade convenciona do que expor aquilo que realmente sentimos. Kurt fala também da industria cultural, que padroniza os meios de comunicação e de cultura a sua maneira, assim produz musicas vagas, filmes cada vez mais estúpidos, que divagam sobre os mirabolantes efeitos especiais e esquecem do roteiro, dos livros tipo Ágata Cristie, etc. “Estou aqui agora, me entretenha”; Kurt consegue sair destas amarras e se sente estúpido e contagioso por falar agora de coisas que outros não conseguem ou não querem ver, assim vai falando do mulato, do albino, do mosquito, de sua libido, que não se estão excluídas do todo, como se não fizessem parte dele, não se entretêm com o show da realidade que é mostrado. Muito do que Kurt consegue expressar neste refrão tem origem na sua infância humilde, que não estenderemos aqui, talvez em outro momento, porém as pessoas que passam por necessidades são as mais humildes, pois aquilo que é material a eles não tem tanta importância.


I'm worse at what I do best


And for this gift I feel blessed


Our little group has always been


And always will until the end


Aqui Kurt pausa um pouco a música e de maneira calma contra um pouco sobre o seu isolamento proposital, fala um pouco da turma com a qual se relaciona, que se sente feliz estando do lado de individuos que não concordam com a realidade a que pertence, e discute a abstração das pessoas, que não está apenas no fato de não perceberem a realidade ao redor, mas também no fato de pouco poderem fazer para mudar, tendo em vista que não possuem os meios para isso, no entanto, eles sentem um orgulho natural de não se renderem, de não compactuar com a sociedade de consumo, mesmo que sofram a coerção da mesma, sendo taxados de vagabundos, maconheiros e outros palavrões.


And I forget just why I taste

Oh yeah, I guess it makes me smile

I found it hard it's hard to find

Oh well, whatever, nevermind


Uma calma irritante e uma confissão, fechando a musica nos afirmando que é difícil entender aquilo que ele tenta dizer, ele mesmo demorou para encontrar esta verdade, mas que isso hoje o faz sorrir pois consegue viver longe da necessidade de imitar os outros ao redor, consegue agora ser ele mesmo. Atualmente, o homem vive mais preocupado com as forças sociais que estão levando a sociedade para onde ele não sabe ou para onde ele não gostaria que ela fosse. O individuo tem que se submeter aos quadros sociais os mais diversos possíveis. A cultura em que vive dita-lhe os modos de agir e trabalhar, as mínimas relações são regidas pelo social, se ele foge a isso, a as outras pessoas o olhariam com espanto, com ironias, curiosidade, o atacariam moralmente, afetando o conceito dele no futuro. A repressão se repercute indiferente de nossa intenção. A nova postura de Kurt em relação à sociedade com toda certeza num primeiro momento foi de liberdade, mas depois teve de suportar a repressão e dialogar consigo mesmo se valeu à pena.

É isso. Pensem jovens, queremos ter a mesma apatia? Lembre-se que as ações que fizermos terão resultados pra nossos filhos. Ah.. quanto o Denial repetido varias vezes no final da canção? Denial significa rejeição, negação. Acho que vocês podem tirar suas conclusões disso.



Baseado e alterado em :
http://www.blogtemposmodernos.com.br/2007/01/smells-like-teen-spirit-indignaao-mais.html

segunda-feira, 28 de março de 2011

Aluno X Estudante


Você é um aluno? Ou é um estudante? Pode parecer loucura minha - são sinônimos, você diz - mas é uma pergunta séria. Aluno e estudante são diferentes. E vou-lhes explicar o porque.


Aluno, pode se dividir em "A" e Luno.


Luno, vem do latim lunus e significa luz.


Agora, meus caros leitores, vamos a uma pequena aula de portugûes: o prefixo " a" tem sentido de que? Negação! Então, se Luno é luz, quando se une ao "A" significa.... SEM LUZ.


O que significa isso?


Desde a idade média (ou idade das trevas), o conhecimento era de poucos. Até então, quem a possuia era um ser íntegro, altamente respeitado e INQUESTIONÁVEL. A partir disso, a escola era mais ou menos assim: Havia o professor, mestre, sabedor de todo o conhecimento, o ser de "luz", e havia os aprendizes, sem inteligencia, burros, os sem luz, ou... ALUNO.



Aluno então, é todo aquele que não tem luz, ou seja, sem conhecimento. E por isso, não tinha o direito de questionar o professor, que até então, era soberano.



Já estudante, é todo aquele que, tem luz, e, na instituição de educação, compartilha seus conhecimentos com os conhecimentos do professor. Por isso, o metódo de ensino hoje, não é " Você ouve e aceita" e sim " Você ouve e discute". Na minha opnião, foi um grande avanço.


Pode parecer que o professor, perdeu "moral" a partir do momento que seus aprendizes discordam de suas palavras. Mas não. Todo professor (pelo menos os decentes) querem que seus aprendizes saibam ter seus proprios pontos de vista das coisas, ver os dois lados e decidir por si mesmo que lado seguir. Isso é uma tática que ajudará esses aprendizes em seu futuro, em eleições e até mesmo em outros casos. Nos tornando cidadãos melhores. E quem sabe, pondo pessoas melhores no governo.



A pergunta que eu deixo no ar é: Você é um aluno, um cara que é sim senhor, um mmaria-vai-com-as-outras, ou um estudante, um observador, um argumentador ???

sexta-feira, 4 de março de 2011

Egito Libre!!!
















Depois de longos 30 anos no poder, Mubarack renuncia no Egito. O povo que há 30 anos vive com a falta de democracia,consegue derrubar esta "realeza" em 18 dias,após tomarem conta da realidade caótica que os cercava, por meio de sites de relacionamento,o twitter e o wikileaks, que revelou as fraudes nas últimas 3 décadas do "reinado" de Mubarack. O mais importante para esta insurreição, foi a convocação dos jovens que conseguiram com muita tenacidade conglomerar uma multidão ensandecida,que pelejava por uma reforma trabalhista, democracia, direitos civis e uma consequente justiça social.
A revolução se espalha pelo Oriente, que sai da fatídica visão de conformismo e passa a lutar pela liberdade, e com a graça de Deus não se contentaram com a "liberdade falsa" que pode estar por vir e continuará a resistir esta nova opressão, agora mascarada,até finalmente levar o Oriente a tão sonhada igualdade social.
Hoje o Egito vive sob liderança dos militares, famosos por terem negócios no ramo petrolífero, os EUA já vem mechendo seus pauzinhos para continuar com seus lucros faustosos na região. Sacou, amigo leitor? Os militares no poder...EUA mechendo pauzinhos... Resultado: a tal "liberdade falsa" que acabei de falar. Um exemplo disso é que a insurreição está bastante controlada pois a mídia já vem abafando o caso. A luta pela democracia e pela reforma trabalhista, será feita de forma bastante gradual para que não implique nos negócios dos magnatas do petróleo. Com esta realidade o povo tem que ficar do olhos bem abertos e não se deixar levar pelos discursos demagogos que estão por vir. Sabendo disso, nasce uma nova batalha para este povo. Vencida a primeira, que venha a segunda!!!