sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Um ano de Blog!


























Um ano de blog e meu singelo agradecimento a todos aqueles que, graças as minhas infames propagandas esquerdistas, largaram mão das vidas pacatas de monotonia, de descrença no mundo e na aversão pelo culto à liberdade. Pois é, passamos por diversas crises – crises sistêmicas do capitalismo -, mas também, por diversos momentos de sublevação do espírito coletivo do ser humano – marchas insurgentes, greves resistentes, lembram disso?


Ao ser perguntado qual objetivo do blog, com um título tão utópico, criado por Victor, só me vem a mente o verbo, tão endeusado por mim: acreditar! O interessante é que sou cristão curioso e reconheço a contribuição do marxismo para emancipação do homem, ou melhor, dos homens – prefiro colocar no plural para não se assemelhar aos dicursos de certas Igrejas Mercantilistas, que querem libertar a pessoa utilizando discursos individualistas, então se libertará certos indivíduos, mas não o geral, uma vez que os verdadeiros meios para ajudar na libertação dos demais consiste na utilização de outros meios, não mais os mercadológicos que, por sinal, são os que o povo quer ouvir, daí meu reconhecimento do marxismo, como um destes meios -, então escrevo impulsionado pela literatura marxista e, por que não, cristã para fomentação de um discurso que anime a sociedade, não a acomode, como instituições de, por incrível que pareça, até cunho filantrópico fazem – a Unesco defende o sistema neoliberal, se este sistema fosse abolido, talvez a Unesco não precisaria existir; o Criança Esperança, afinal, depois deste programa de ajuda as crianças, começa o Jornal Nacional, com seus discursos elitistas, os quais, descriminam os pobres, logo também, as crianças pobres, que depois recebem ajuda do povo que faz as doações. Não, substancialmente, a Globo faz as doações, mas o povo! A emissora só sede o espaço, afinal é uma concessão pública, mas não é o povo que fica isento dos impostos e – pois é, acreditem -, a própria Rede Globo!


Não quero, nem vou, me prolongar muito, resolvi fazer o texto, apenas para termos um post no mês do aniversário de um ano do blog. São poucos textos, é bem verdade, mas lidos por mais de 1600 pessoas, incluindo estrangeiros: australianos, estadunidenses – inclusive são maioria -, alemães, neozelandeses, angolanos, portugueses, canadenses, moçambicanos e, para minha felicidade, russos! Os dias vão se passando e o tempo para escrever também, não sei se vocês perceberam, mas a maioria dos post´s são nos períodos de repouso, entre maio e agosto, daí os poucos textos! Mas não importa, estamos em outubro e, juntos, comentamos as grandes aspirações do homem, mais um erro conceitual, queria dizer, dos homens, até então neste ano: crises na Europa; o levante dos jovens no mundo árabe; as pressões aos banqueiros e as multinacionais exploradoras, como a Peugeut; a ida de Amanda Gurgel ao Faustão, denunciar os abusos feitos aos professores; as marchas pela igualdade, ou melhor, equidade; a sublevação dos estudantes chilenos; a morte de Osama; o Egito Libre, como já falava no texto, preocupados com o 2º passo; a libertação a partir da educação; a valorização do wikileaks; entre outras manifestações do povo que ousa não se render as perversidades do opressor, manifestado, como já falava antes, até nas instituições que deveriam acolher o ser humano!


Na maioria dos comentários do blog é revelado a desesperança dos jovens na busca pela liberdade, sempre rotulada de utópica. Mas qual problema em ser utópica? Por que ser tão cartesiano e negar a utopia? É óbvio que a liberdade é utópica, nós teremos que procurá-la, buscá-la, este é o meio para achá-la! Isso me lembra uma frase do Fernando Birri, quando fora perguntado sobre o que pensava da utopia, então respondeu. “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.


Então o título do blog faz todo sentido, somos livremente presos, é factual, porém nos acomodaremos com isso? Não buscaremos soluções para nos emancipar-mos? A busca é necessária!


Este ano 12 operários já morreram por falta de segurança no trabalho, deixaremos eles, ainda, morrerem por insegurança no trabalho, ou a morte destes só atrapalham o sábado da classe média, como sugeria Chico Buarque? A liberdade das greves destes operários podem ser contestadas e oprimidas? Este é só um exemplo do que o ceticismo doentil pode causar: a acomodação!


Encerrarei o post, com a instigante frase do último cristão – depois do único – São Francisco de Assis, a este verdadeiro cristão, que fora comemorado seu dia na segunda, estamos no sábado, daí a tardia homenagem póstuma. “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e, de repente, você estará fazendo o impossível”.